Ao lado da Casa da Cultura Macedo Miranda |
Esta é a Syagrus romanzoffiana, mais conhecida como Jerivá, outra palmeira notável. Também é conhecida por Jeribá ou coquinho-de-cachorro, apreciados os seus frutos até por cães. Também chamada de baba-de-boi ou coco catarro, devido aos fios resinosos produzidos pela planta, lembrando a baba dos bois. Originária da mata atlântica encontra-se porém até no bioma cerrado e outros biomas em vários países da América do Sul, tanto em ambiente rural quanto urbano, onde é bastante aproveitada no paisagismo.
Em Resende pra todos os lados que caminhamos vamos encontrá-la, desde exemplares muito antigos, com mais de 50 anos, na parte histórica da cidade e entornos, quanto em novos espaços, adornando quintais e jardins particulares, bem como em espaços públicos onde também continua bastante cobiçada devido a sua exótica beleza ornamental.
Jerivás jovens em frente a um novo condomínio na Estrada da Limeira |
Rodoviária Graal: outros tantos plantados recentemente, |
Na revitalização da avenida Nova Resende, a administração pública acertou: um novo calçadão com bancos, sombra na beira do rio e 10 pés de jerivá entremeando os postes de iluminação.
Produz cerca de 6 cachos de coquinhos ao longo do ano, o que pode render mais de 140 quilos por pé. Esses coquinhos cor-de-laranja não passam dos 3 cm. de diâmetro e tem sua parte externa carnosa e adocicada, muito apreciados por diversas espécies de pássaros, animais e pela criançada, denotando sua grande importância ecológica.
Nem preciso mencionar o que acontece com essas enormes quantidades de coquinhos caídos ao chão, dentro dos limites urbanos, depois que passa o pessoal da limpeza pública. Daqui a pouco vai acabar surgindo mais um brasileiro brilhante ensinando a aproveitar essa enorme quantidade de coquinhos que caem nos limites das cidades brasileiras.
Bem, essa palmeira é realmente de grande importância pois suas folhas servem na alimentação de cavalos, seu tronco é madeiramento para telhados e piers em atracadouros marinhos, possui um palmito e de sua amêndoa se extrai óleo comestível e medicinal, podendo ser utilizado inclusive como biodiesel.
Abelha polinizando flores |
E tem mais, suas flores insurgem do interior de um invólucro em forma de canoa, formando um cacho amarelo-creme belíssimo e visível de longa distância. Essas flores são muito visitadas por algumas espécies de abelhas nativas e outros insetos como fonte de pólem, garantindo a todos eles uma grande fonte de proteínas.
Flores se abrindo a partir do invólucro
O invólucro em forma de canôa é também utilizado em artesanato. Aqui em Rezende o artista plástico Walber Barbosa produz a anos, maravilhosas luminárias a partir dessas canôas florais. O estúdio GeoAtelier produziu um vídeo com o Walber em 2007, mostrando o seu trabalho e está acessível no link abaixo:
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Luminárias de Walber Barbosa |
Qualidades muitas, a que aqui nos interessa, é da parte interna do fruto, ou endocarpo, a que envolve a amêndoa. Realmente dura e resistente encontra grande aplicação na produção de brincos e colares, servindo de conta, com seu formato ovalado. Como a maioria dos cocos, se retirados ainda devez apresenta seu endocarpo bem clarinho enquanto que depois de maduros e fermentados, chega a um marrom escuro, quase preto, atribuindo maior variação na confecção das peças.
Brinco endocarpo de Jerivá e Brejaúva |
Em frente e ao lado do cemitério municipal, no Alto dos Passos |
DESCUBRA CURIOSIDADES SURPREENDENTES SOBRE A VIDA E A UTILIDADE DAS SEMENTES EMPREGADAS NO GeoAtelier
Sou apaixonada por sementes, elas são encantadoras e quando bem trabalhados os resultados são maravilhosos.
ResponderExcluirDesejo-lhe uma linda semana.
beijos
Joelma
Tam.bém sinto assim: preciosas. Igualmente preciosa é sua visita, Joelma. Bjs
ExcluirParabéns Amarante muito bonito seu blogue e riquíssimo em informações e imagens. Muito obrigado também por mencionar meu trabalho. Você é um cara que faz a diferença por ser excelente formador de opinião. Merece ter muita visibilidade. Parabéns e sucesso meu amigo. Um abraço!
ResponderExcluir(anônimo) Walber Barbosa. Uma boa parte do que sei no artesanato orgânico devo a você grande irmão. Sua parceria artística e ecológica foi pra mim como um farol pra um navegante perdido, quando cheguei em Resende. Tamo junto e tem mais por vir.
ExcluirRealmente muito boas informações e bonito trabalho. Parabens!
ResponderExcluirGrato Maurício, lembro-me do Jerivá lá em Mirantão, Bocaina de Minas-MG, onde nos conhecemos guerreiro, nos anos 90
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